No caminho entre o infantário da Júlia e a nossa casa passamos pela entrada de um prédio que tem um par de degraus e uma rampa para acesso de cadeira de rodas. A Júlia gosta de subir pela rampa e saltar lá de cima para o passeio, alternando com o salto a partir do cimo dos degraus.
Fico sempre com medo que ela vá de nariz ao chão, mas não lhe quero transmitir inseguranças, pelo que a deixo saltar. Mesmo que ela recuse dar-me a mão. Até porque já tem quatro anos e já consegue fazer proezas que eu nem aos sete me atrevia a tentar.
Ontem quis saltar do cimo das escadas. Mas deu um impulso mais forte e os joelhos não suportaram o impacto com o chão e ela caiu sobre os ditos joelhos.
Ainda estava no chão e já estava a dizer: "Não me magoei!", mas depois levantou as calças do fato de treino e examinou a pele dos joelhos. Começou então a queixar-se que tinha uma ferida, que eu tinha de lhe por pomada e que lhe doía.
Nem esfolado estava.
Vamos no caminho, eu a levar a coisa na boa e ela a lamuriar-se quando me diz: "E tu não me deste a mão, por isso é que eu caí!"
Maternidade: somos presas por ter cão e por não ter.
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