1 de outubro de 2017

E votar, não?

Sempre acompanhei os meus pais às mesas de voto em dias de eleições. Desde pequena aprendi o que era um cartão de eleitor, um boletim de voto, como se dobra. Aprendi que o voto é secreto e porquê, que é um dever e um direito. Mais tarde aprendi que é um direito conseguido a muito custo. Por isso, a primeira coisa que quis fazer, assim que fiz 18 anos, foi recensear-me na Junta de Freguesia.
Por essa mesma razão sempre levei os miúdos comigo a votar, desde bebés.
Hoje, e porque as nossas mesas de voto eram em locais diferentes, eu e o pai separámo-nos. Ele levou o Xavier, eu fiquei com as miúdas. Pelo caminho contei à Júlia a importância especial de nós mulheres votarmos. Contei-lhe a história de Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher a votar em Portugal. Que depois dela passaram-se 63 anos até que todas as mulheres pudessem votar. Tempo demais, na opinião da minha filha.
Chegadas à mesa de voto, foi a Júlia que entregou os meus documentos. Veio comigo para a cabina de voto, expliquei-lhe como se fazia, pedi-lhe segredo e foi ela que colocou, orgulhosamente, os boletins na urna. À volta, ainda me fez uma data de perguntas sobre o processo eleitoral.
Querem saber como combater a abstenção? Dar o exemplo é capaz de ajudar. O dia está bom. Que tal um passeio com os miúdos até à vossa mesa de voto?


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