Ouço ou leio muitas vezes as pessoas referirem-se ao dia do seu casamento ou ao nascimento dos filhos como "o dia mais feliz da minha vida".
Pessoalmente, não encontro um dia que possa considerar como o mais feliz da minha vida.
O dia em que me casei foi especial, sim. Mas o mais feliz? Sempre achei que não era esse o dia mais importante, mas sim os que se seguiriam, a nossa vida de casados. Se o dia de casamento fosse o mais feliz da vida, nem valia a pena casar!
E quando os meus filhos nasceram? Foram dias bons, sim, de muito alívio e ternura, cansaço e descoberta. Mas não me apaixonei logo ali por eles. Já os tinha começado a amar durante a gravidez. Quando os vi pela primeira vez reconheci-os logo, sim, como se sempre os tivesse conhecido, mas a nossa ligação foi estabelecida ao longo dos meses e anos seguintes, não apenas naquele dia. Se dissesse que tinha sido o dia mais feliz da minha vida, que diria dos que vieram a seguir?
Há dias bons, maus, assim-assim, e há aqueles dias memoráveis. Agora dizer que apenas um dia foi o mais feliz? Só se for o dia de hoje. Para ser substituído por amanhã, e depois de amanhã, e por aí adiante.
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