Na última angariação para o Banco Alimentar contra a Fome, levei o X., de 3 anos, às compras. Disse-lhe que havia meninos e meninas que não tinham comida em casa e que íamos comprar-lhes algumas coisas boas.
Chegando ao centro comercial, aproveitei para entrar em algumas lojas à procura de coisas que precisava. Mas o X. não estava com paciência: "Mamã, vamos às compras para os meninos!" :)
E lá fomos. Envolvi-o na escolha de alguns produtos e fomos juntos entregar os sacos aos voluntários.
E depois voltámos para casa.
O X. está numa fase em que partilhar algo é difícil. A irmã de 18 meses compete com ele em tudo: atenção, brinquedos, espaço, e ele passa a vida a dizer: "Não! É meu!" Lá lhe tento explicar que deve partilhar, que a irmã também quer brincar, que fica triste quando lhe tira os brinquedos, mas está difícil. E é natural na idade dele.
Mas a empatia é algo que nos faz falta, cada vez mais, numa sociedade que cria pessoas egocêntricas, egoístas e consumistas. Colocarmo-nos no lugar dos outros, sentir um pouco o que eles sentem é meio caminho andado para o respeito, para tomar decisões mais responsáveis e humanas, para criarmos uma comunidade e uma sociedade mais unida.
Por isso fiquei feliz com o entusiasmo do meu filho, a sua alegria ao escolher os alimentos de que gostava para outras crianças que não os têm. E daqui a alguns anos talvez nos tornemos também voluntários.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Alguma opinião sobre esta pérola? Comente!
Não concorda nada com isto? Comente!
Faça o favor de me dizer o que pensa!