Às duas e meia da manhã, podre de sono, a Júlia toma o xarope para a febre e sentencia:
- Sabe a... petanino (pequenino)!
28 de dezembro de 2014
27 de dezembro de 2014
Para qualquer idade
Sejam recém-nascidos, de meses, com dois ou cinco anos, continuo a adorar quando os meus monstrinhos me adormecem no colo.
2 de dezembro de 2014
Aprender a brincar com a Júlia
Foi buscar uma fralda de pano e pediu-me para lha atar à cintura, como uma saia. Depois foi o mesmo com o Bebé e a Coelhinha, os seus companheiros.
Depois disse-me que ia usar a esfregona para misturar o jantar no balde.
E no fim, serviu o jantar, com a esfregona, em três pratos.
Hmmm... ideias para prendas de aniversário...
Depois disse-me que ia usar a esfregona para misturar o jantar no balde.
E no fim, serviu o jantar, com a esfregona, em três pratos.
Hmmm... ideias para prendas de aniversário...
30 de novembro de 2014
Blues de domingo à noite
Desanimada.
Tinha planeado tanta coisa gira para fazer este fim de semana e afinal... continuo nos serviços mínimos.
Calendário do Advento? Pois, esqueçam lá isso.
Árvore de Natal? Amanhã, eventualmente.
...
Há dias em que uma pessoa realmente tem de se dar um desconto e simplesmente assumir a folga que merece e de que precisa. Porque passar o tempo todo a equilibrar o trabalho, a casa, o marido, os filhos e (com sorte) alguns interesses pessoais é desgastante. Cansativo. E, no meu caso, a maior parte do tempo um fracasso. Porque não consigo mesmo fazer tudo. E se eu vou reservar um tempo para mim, a casa tem de ficar uma merda. Ou os miúdos ficam a ver mais televisão. Ou comemos mais take out do que devíamos. E vai-se acumulando até chegar a um ponto em que me sinto tão assoberbada que já só me apetece fugir.
Semanas de viroses que mantêm os miúdos (e graúdos) em casa impedem-me de sair ou de fazer as tarefas caseiras tão necessárias. O tempo não ajuda. E agora, a TPM também já está a abusar...
Falta de paciência. Uns quantos berros e algumas palmadas porque já são onze da noite num domingo e eu estou mais cansada que na sexta à noite. Amanhã compenso-os. Vamos apanhar folhas ou comer um gelado.
Passo a vida nisto. Cansada, a planear coisas que nunca chego a concretizar.
Sim, isto não é um mommyblog como os outros. Leio as coisas maravilhosas que aquelas mães fazem com os filhos, o estado limpo e arrumado das suas casas, sempre bem vestidas e maquilhadas, os filhos também sempre bem arranjadinhos e olho em volta para a confusão na minha vida e penso: ou estão a gozar comigo ou sou mesmo um grande fracasso.
Então lembro-me que de certeza que as coisas não são bem assim como mostram as fotos. Eu quero acreditar nisso. Eu quero acreditar que não sou um fracasso assim tão grande, que ter as paredes cheias de desenhos, a casa de banho a pedir limpeza, a cozinha desarrumada, a roupa amontoada e os brinquedos espalhados por todo o lado é mais frequente do que parece nos blogs e páginas do Facebook.
Detesto o domingo à noite. Maldita TPM. Maldita preguiça.
Tinha planeado tanta coisa gira para fazer este fim de semana e afinal... continuo nos serviços mínimos.
Calendário do Advento? Pois, esqueçam lá isso.
Árvore de Natal? Amanhã, eventualmente.
...
Há dias em que uma pessoa realmente tem de se dar um desconto e simplesmente assumir a folga que merece e de que precisa. Porque passar o tempo todo a equilibrar o trabalho, a casa, o marido, os filhos e (com sorte) alguns interesses pessoais é desgastante. Cansativo. E, no meu caso, a maior parte do tempo um fracasso. Porque não consigo mesmo fazer tudo. E se eu vou reservar um tempo para mim, a casa tem de ficar uma merda. Ou os miúdos ficam a ver mais televisão. Ou comemos mais take out do que devíamos. E vai-se acumulando até chegar a um ponto em que me sinto tão assoberbada que já só me apetece fugir.
Semanas de viroses que mantêm os miúdos (e graúdos) em casa impedem-me de sair ou de fazer as tarefas caseiras tão necessárias. O tempo não ajuda. E agora, a TPM também já está a abusar...
Falta de paciência. Uns quantos berros e algumas palmadas porque já são onze da noite num domingo e eu estou mais cansada que na sexta à noite. Amanhã compenso-os. Vamos apanhar folhas ou comer um gelado.
Passo a vida nisto. Cansada, a planear coisas que nunca chego a concretizar.
Sim, isto não é um mommyblog como os outros. Leio as coisas maravilhosas que aquelas mães fazem com os filhos, o estado limpo e arrumado das suas casas, sempre bem vestidas e maquilhadas, os filhos também sempre bem arranjadinhos e olho em volta para a confusão na minha vida e penso: ou estão a gozar comigo ou sou mesmo um grande fracasso.
Então lembro-me que de certeza que as coisas não são bem assim como mostram as fotos. Eu quero acreditar nisso. Eu quero acreditar que não sou um fracasso assim tão grande, que ter as paredes cheias de desenhos, a casa de banho a pedir limpeza, a cozinha desarrumada, a roupa amontoada e os brinquedos espalhados por todo o lado é mais frequente do que parece nos blogs e páginas do Facebook.
Detesto o domingo à noite. Maldita TPM. Maldita preguiça.
17 de novembro de 2014
15 de novembro de 2014
Alguém tem ideias?
Este ano estou a pensar fazer um Calendário do Advento, com actividades. Algumas divertidas, algumas com significado, mas de preferência simples e que não ocupem muito tempo, que a capacidade dos monstrinhos para se manterem atentos nestas idades não é muito grande...
Alguém tem sugestões?
Alguém tem sugestões?
14 de novembro de 2014
Perspectivas de futuro...
Ontem, a conversar sobre astronautas...
Xavier: Nós podemos ir ao espaço?
Eu: Sim, se estudarem e treinarem muito, talvez possam ir.
Xavier: Então eu quero ser cientista!
Eu: Cientista de quê?
Xavier: Cientista de inventar coisas pequenas.
(nice!)
Eu: E tu, Júlia, que queres fazer?
Júlia (mostrando os cinco dedos de uma mão): Queo fasser dech anoch! E depoich vou à paia!
Hoje, falando do nascimento de um irmão de um amiguinho...
Júlia: Eu nasci! E depoich fich anoch! Doich!
Eu: E quantos vais fazer?
Júlia: Têch! E depoich vou ao espacho!
Xavier: Nós podemos ir ao espaço?
Eu: Sim, se estudarem e treinarem muito, talvez possam ir.
Xavier: Então eu quero ser cientista!
Eu: Cientista de quê?
Xavier: Cientista de inventar coisas pequenas.
(nice!)
Eu: E tu, Júlia, que queres fazer?
Júlia (mostrando os cinco dedos de uma mão): Queo fasser dech anoch! E depoich vou à paia!
Hoje, falando do nascimento de um irmão de um amiguinho...
Júlia: Eu nasci! E depoich fich anoch! Doich!
Eu: E quantos vais fazer?
Júlia: Têch! E depoich vou ao espacho!
13 de novembro de 2014
Vai ser bonito, vai...
Eu até gosto de vento.
Não desgosto da chuva.
Mas chuva com vento forte é golpe baixo quando se aproxima a hora de ir buscar os miúdos, pá!
Não desgosto da chuva.
Mas chuva com vento forte é golpe baixo quando se aproxima a hora de ir buscar os miúdos, pá!
6 de novembro de 2014
Momento Zen do dia #7
Ao deitar:
- Xavier, já fizeste chichi?
- ...
- Vai lá, anda!
- Ca raios e coriscos!
- Não há raios e coriscos para ninguém.
- Ca raios e sanitas!
- Xavier, já fizeste chichi?
- ...
- Vai lá, anda!
- Ca raios e coriscos!
- Não há raios e coriscos para ninguém.
- Ca raios e sanitas!
25 de outubro de 2014
Muda a hora....
Ontem fui buscar os pequenos ao infantário e dei por mim com duas lapas coladas às minhas pernas a pedir "qué cóio!!" em estéreo, quais avezinhas de bico aberto a pedir comida.
Suspirei e cometei com a educadora :"Ah sim, e viva o fim-de-semana! Isto é que vão ser umas 48h!"
Foi então que ouvi algo inspirador.
- Este fim de semana tem mais uma hora, mãe.
Ai.......
Suspirei e cometei com a educadora :"Ah sim, e viva o fim-de-semana! Isto é que vão ser umas 48h!"
Foi então que ouvi algo inspirador.
- Este fim de semana tem mais uma hora, mãe.
Ai.......
24 de outubro de 2014
Não te estiques que o pijama te fica curto!
E não é que o raio do puto deu outro pulo e agora os pijamas deixaram de lhe servir? Tinha para aí uns cinco ou seis, agora só dois lhe servem em condições!
A boa notícia é que agora a irmã tem um monte de pijamas para o Inverno.
A boa notícia é que agora a irmã tem um monte de pijamas para o Inverno.
Momento Zen do dia #6
Conversa entre pai e filhos.
Pai (no seguimento de uma conversa com a Júlia): E como é que eu me chamo?
Júlia: Papá!
Pai: E mais?
Júlia e Xavier (ao mesmo tempo): Ricardo!
Pai: E a mãe?
Xavier: Ricarda....
Pai (no seguimento de uma conversa com a Júlia): E como é que eu me chamo?
Júlia: Papá!
Pai: E mais?
Júlia e Xavier (ao mesmo tempo): Ricardo!
Pai: E a mãe?
Xavier: Ricarda....
12 de outubro de 2014
É pró menino e prá menina!
Então com o almoço vieram os brindes "para menina e para menino".
Perguntei-lhes qual queriam. Adivinhem lá...
Nave espacial 2 - Boneca limãozinho 0
Decididamente a minha monstrinha é mais pirata que princesa.
Perguntei-lhes qual queriam. Adivinhem lá...
Nave espacial 2 - Boneca limãozinho 0
Decididamente a minha monstrinha é mais pirata que princesa.
6 de outubro de 2014
5 de outubro de 2014
Momentos que me derretem #6
O Xavier diz à irmã:
- Júia, hoje levei duas vacinas.
E sem uma palavra, a mana avança e dá-lhe um abraço.
Esta miúda tem alma de consoladora...
- Júia, hoje levei duas vacinas.
E sem uma palavra, a mana avança e dá-lhe um abraço.
Esta miúda tem alma de consoladora...
3 de setembro de 2014
De coração partido... de novo
Rodrigo e Leonor.
Duas crianças da idade do Xavier que nunca conheci pessoalmente. Apenas segui as suas peripécias, aventuras e desventuras através do Facebook. Ao gostar das respectivas páginas tinha consciência de que o desfecho não seria o que esperava. E que me iria partir o coração.
Não me enganei.
Primeiro o Rodrigo. Chorei imenso. Mas não me arrependi de me ter envolvido na sua luta, na sua vida. Porque com ele aprendi que, mesmo se nos magoamos, vale a pena abrir o nosso coração e acreditar. E lutar.
Agora a Nonô. Pequena, irrequieta miúda, senhora de si. Foi hoje, há bocado. E eu choro. E vou chorar ainda por um tempo. Mas vou continuar a abrir o coração, porque só assim vale a pena viver.
Obrigada pequenitos. E obrigada mães Vanessas (curiosa coincidência esta, as duas mães partilham o mesmo nome...) e pais e irmãos e todos os que amam estas crianças, por partilharem connosco aqueles momentos preciosos. O meu coração hoje está partido, porque nem quero imaginar o que estão a sentir.
E amanhã quando os meus pequenitos voltarem vou apertá-los até se queixarem, para me lembrar de como sou afortunada.
Duas crianças da idade do Xavier que nunca conheci pessoalmente. Apenas segui as suas peripécias, aventuras e desventuras através do Facebook. Ao gostar das respectivas páginas tinha consciência de que o desfecho não seria o que esperava. E que me iria partir o coração.
Não me enganei.
Primeiro o Rodrigo. Chorei imenso. Mas não me arrependi de me ter envolvido na sua luta, na sua vida. Porque com ele aprendi que, mesmo se nos magoamos, vale a pena abrir o nosso coração e acreditar. E lutar.
Agora a Nonô. Pequena, irrequieta miúda, senhora de si. Foi hoje, há bocado. E eu choro. E vou chorar ainda por um tempo. Mas vou continuar a abrir o coração, porque só assim vale a pena viver.
Obrigada pequenitos. E obrigada mães Vanessas (curiosa coincidência esta, as duas mães partilham o mesmo nome...) e pais e irmãos e todos os que amam estas crianças, por partilharem connosco aqueles momentos preciosos. O meu coração hoje está partido, porque nem quero imaginar o que estão a sentir.
E amanhã quando os meus pequenitos voltarem vou apertá-los até se queixarem, para me lembrar de como sou afortunada.
2 de setembro de 2014
Hora de dormir... sem eles
Quase todas as noites a Júlia me pede a "canchão do bebé". Hoje não lha vou cantar, mas acho que ela não se está a importar muito. Isso de passar dois dias sem ela e o irmão é um sossego... mas já estou cheia de saudades!
30 de agosto de 2014
"Eu sou gande!"
Vocês deviam ter visto o olhar que a Júlia me lançou no outro dia...
A minha miúda é uma despachada. Tem uma energia inesgotável e uma vontade inabalável de fazer tudo o que o irmão faz. Não quer saber se é mais nova dois anos, se ele faz, ela também faz!
E nem pensar em dizer-lhe que ainda é pequena! Recebemos um indignado "Eu sou gande!" e não vale a pena insistir.
Por isso, quando ela quis descer uma escadaria sozinha no encalço do irmão, e eu cometi a terrível ofensa de dizer que ela ainda era pequena para isso, dona Júlia ergueu a cabeça para me encarar por baixo da aba do chapéu e olhou para mim muito séria, com uma expressão fria no rosto que raramente vi num adulto e sem dizer nada fez-me gaguejar "o mano é mais velho, já consegue sozinho", ao que respondeu um gélido "eu sou mais véia".
Esta miúda vai impor respeito a muita gente... E vai-me dar muito trabalho...
A minha miúda é uma despachada. Tem uma energia inesgotável e uma vontade inabalável de fazer tudo o que o irmão faz. Não quer saber se é mais nova dois anos, se ele faz, ela também faz!
E nem pensar em dizer-lhe que ainda é pequena! Recebemos um indignado "Eu sou gande!" e não vale a pena insistir.
Por isso, quando ela quis descer uma escadaria sozinha no encalço do irmão, e eu cometi a terrível ofensa de dizer que ela ainda era pequena para isso, dona Júlia ergueu a cabeça para me encarar por baixo da aba do chapéu e olhou para mim muito séria, com uma expressão fria no rosto que raramente vi num adulto e sem dizer nada fez-me gaguejar "o mano é mais velho, já consegue sozinho", ao que respondeu um gélido "eu sou mais véia".
Esta miúda vai impor respeito a muita gente... E vai-me dar muito trabalho...
22 de julho de 2014
Tão linda e com uns sapatos tão giros....
Ontem fui buscar os miúdos ao infantário em calções e alpercatas.
Habituados que estão a ver-me de calças de ganga e sapatilhas, olharam para mim de alto a baixo. A Júlia apontou para os calções e para os sapatos e o Xavier exclamou:
- Oh mãe, estás tão linda! E tens uns sapatos muito giros!
Tendo em conta que tinha passado o fim de semana a dizer-me que eu tinha o rabo grande... :)
Mais tarde, já em casa, tive de ir à casa de banho. Claro que acharam que eu precisava de companhia (suspiro). Pedi-lhes várias vezes com jeitinho para irem para a sala, até que tive de mandar um berro. Do outro lado da porta ouvi o Xavier:
- Mas tu estás tão linda e tens uns sapatos tão giros....
Habituados que estão a ver-me de calças de ganga e sapatilhas, olharam para mim de alto a baixo. A Júlia apontou para os calções e para os sapatos e o Xavier exclamou:
- Oh mãe, estás tão linda! E tens uns sapatos muito giros!
Tendo em conta que tinha passado o fim de semana a dizer-me que eu tinha o rabo grande... :)
Mais tarde, já em casa, tive de ir à casa de banho. Claro que acharam que eu precisava de companhia (suspiro). Pedi-lhes várias vezes com jeitinho para irem para a sala, até que tive de mandar um berro. Do outro lado da porta ouvi o Xavier:
- Mas tu estás tão linda e tens uns sapatos tão giros....
7 de julho de 2014
Momento Zen do dia #5
Estava quase na hora de deitar os putos e, cheia de dores nos pés depois de um dia desgastante, sentei-me na beira da minha cama a massajar as minhas pobres extremidades.
Ah, que alívio....
Chega a Júlia. Olha para mim e para o que estou a fazer. Ri-se. Senta-se ao meu lado e começa a imitar-me, massajando e movendo os seus pés.
Chega o Xavier. Olha para mim e para o que estou a fazer. Olha para a irmã e para o que ela está a fazer. Ri-se. Aproxima-se e diz:
- Mãee, também quero! Faz-me massagens nos pés....
Ah, que alívio....
Chega a Júlia. Olha para mim e para o que estou a fazer. Ri-se. Senta-se ao meu lado e começa a imitar-me, massajando e movendo os seus pés.
Chega o Xavier. Olha para mim e para o que estou a fazer. Olha para a irmã e para o que ela está a fazer. Ri-se. Aproxima-se e diz:
- Mãee, também quero! Faz-me massagens nos pés....
2 de julho de 2014
Momento Zen do dia #4
O Xavier gosta de ver o seu cabelo bem penteadinho e eu, a brincar, chamo-lhe "cabelo lambido". Esqueço-me facilmente que nesta idade ele leva as coisas no sentido literal.
No outro dia, ao lavar-lhe a cara frente ao espelho, molhei-lhe o cabelo e espetei-o.
Xavier: Mãe! Não quero o cabelo assim, quero lambido!
Eu: Então lambe-o tu!
Começa a deitar a língua de fora.
Xavier: Não consigo...
Eu: ... (escondendo-me atrás dele)
Xavier: Mãe, estás a rir-te do quê?
No outro dia, ao lavar-lhe a cara frente ao espelho, molhei-lhe o cabelo e espetei-o.
Xavier: Mãe! Não quero o cabelo assim, quero lambido!
Eu: Então lambe-o tu!
Começa a deitar a língua de fora.
Xavier: Não consigo...
Eu: ... (escondendo-me atrás dele)
Xavier: Mãe, estás a rir-te do quê?
1 de junho de 2014
O Dia Mundial da Criança
O modo como as pessoas encaram este dia irrita-me tanto como a maneira como encaram o Dia da Mulher.
A sério, irrita-me!!!
Toda a gente parece achar que este é um dia para levar os miúdos a passear e a brincar, de preferência num parque cheio de atracções e divertimentos para os putos, com muitas guloseimas e brindes à mistura (a pagar, claro!); um dia para mostrar o nosso amor às criancinhas enchendo-as de presentes (a pagar, claro!); um dia para os avós ligarem aos netinhos "porque hoje é o dia deles!"
A parvoíce não tem fim...
Não, o Dia Mundial da Criança não é um segundo Natal! (pelo menos não devia) É um dia de reflexão. É um dia para pensar que a maioria das crianças no mundo não tem o que os nossos tesourinhos mimados têm. E não estou a falar de brinquedos e gomas, estou a falar de condições básicas para a sobrevivência e desenvolvimento.
E não só nos países chamados de 3º Mundo, no nosso próprio país, na nossa cidade, se calhar, ao nosso lado!
Se calhar, era boa ideia sentarmo-nos com os nossos filhos e falar-lhes sobre essas crianças. Esses meninos e meninas que não têm o suficiente para comer, ou para vestir, ou não têm uma família que os ame e que cuide bem deles; ou que não podem ir à escola, ou vão com fome e sono e não conseguem estudar; ou têm necessidades especiais e lhes falta o apoio para que tenham as mesmas oportunidades que as crianças ditas "normais"; que têm de ajudar os pais no trabalho do campo ou na fábrica ou oficina e não podem por isso estudar e seguir os seus sonhos; que vivem num lugar onde nem sabem se vão sobreviver até ao dia seguinte.
Talvez ensinar aos nossos filhos que tudo aquilo que eles tomam por adquirido e que nem valorizam (comida, abrigo, amor, protecção, educação) é algo por que muitas outras crianças sonham seja uma prenda melhor que qualquer carro ou boneca ou jogo. Poderá ser a sementeira de valores que os farão homens e mulheres mais felizes.
A sério, irrita-me!!!
Toda a gente parece achar que este é um dia para levar os miúdos a passear e a brincar, de preferência num parque cheio de atracções e divertimentos para os putos, com muitas guloseimas e brindes à mistura (a pagar, claro!); um dia para mostrar o nosso amor às criancinhas enchendo-as de presentes (a pagar, claro!); um dia para os avós ligarem aos netinhos "porque hoje é o dia deles!"
A parvoíce não tem fim...
Não, o Dia Mundial da Criança não é um segundo Natal! (pelo menos não devia) É um dia de reflexão. É um dia para pensar que a maioria das crianças no mundo não tem o que os nossos tesourinhos mimados têm. E não estou a falar de brinquedos e gomas, estou a falar de condições básicas para a sobrevivência e desenvolvimento.
E não só nos países chamados de 3º Mundo, no nosso próprio país, na nossa cidade, se calhar, ao nosso lado!
Se calhar, era boa ideia sentarmo-nos com os nossos filhos e falar-lhes sobre essas crianças. Esses meninos e meninas que não têm o suficiente para comer, ou para vestir, ou não têm uma família que os ame e que cuide bem deles; ou que não podem ir à escola, ou vão com fome e sono e não conseguem estudar; ou têm necessidades especiais e lhes falta o apoio para que tenham as mesmas oportunidades que as crianças ditas "normais"; que têm de ajudar os pais no trabalho do campo ou na fábrica ou oficina e não podem por isso estudar e seguir os seus sonhos; que vivem num lugar onde nem sabem se vão sobreviver até ao dia seguinte.
Talvez ensinar aos nossos filhos que tudo aquilo que eles tomam por adquirido e que nem valorizam (comida, abrigo, amor, protecção, educação) é algo por que muitas outras crianças sonham seja uma prenda melhor que qualquer carro ou boneca ou jogo. Poderá ser a sementeira de valores que os farão homens e mulheres mais felizes.
27 de maio de 2014
Momento Zen do dia #3
- Quero ver os desenhos animados!
- E eu?
- Oh mãe, tu também podes ver os desenhos.
...
Obrigadinha.... :p
- E eu?
- Oh mãe, tu também podes ver os desenhos.
...
Obrigadinha.... :p
15 de maio de 2014
Super mom to the rescue!
Então hoje levantei-me para vestir os putos e tudo o resto que faço para os levar ao infantário. Eles tinham ido à cozinha e é então que ouço o Xavier muito aflito a chamar e a gata a miar.
A gata nunca lhes mia.
Mau! Que é que se passa?
Nada de mais. A gata devia ter estado a dormir numa das cadeiras da mesa da cozinha e quando os miúdos lá a foram acordar (sim, nem a desgraçada da bicha eles deixam dormir...), ela, aos descer da cadeira, ficou com uma unha presa à almofada (my bad, já lhe devia ter cortado as unhas).
Mandei-os calar, acalmei a gata e soltei-a. E voltei ao que estava a fazer.
Veio então o Xavier e abraçou-se à minha perna.
"Oh mãe, salvaste a Hitomi. És o meu super-herói!"
Hoje tenho o ego em alta!
A gata nunca lhes mia.
Mau! Que é que se passa?
Nada de mais. A gata devia ter estado a dormir numa das cadeiras da mesa da cozinha e quando os miúdos lá a foram acordar (sim, nem a desgraçada da bicha eles deixam dormir...), ela, aos descer da cadeira, ficou com uma unha presa à almofada (my bad, já lhe devia ter cortado as unhas).
Mandei-os calar, acalmei a gata e soltei-a. E voltei ao que estava a fazer.
Veio então o Xavier e abraçou-se à minha perna.
"Oh mãe, salvaste a Hitomi. És o meu super-herói!"
Hoje tenho o ego em alta!
Imagem retirada de http://thebadatcleaningblog.com/?attachment_id=755 |
30 de abril de 2014
Momento Zen do dia #2
Depois de lanchar, o Xavier dirige-se à sala para ir brincar, mas antes dispara:
- Se precisares de alguma coisa, avisa, ok?
- Ok!
(Esperem lá, o quê?!)
- Se precisares de alguma coisa, avisa, ok?
- Ok!
(Esperem lá, o quê?!)
27 de abril de 2014
Fim-de-semana prolongado....
Três dias com os putos em casa non-stop! E de manhã é mais ou menos isto:
Ainda por cima, na quinta e na sexta-feira não me apeteceu fazer café e bebi só um capuchino fraco de manhã...
"Oh, bem, já me conheces. Acabou-se o café por isso desisti de tudo." |
Então na sexta à noite fiz café para não ter preguiça de o fazer de manhã. E as diferenças foram notórias... lá mais para o fim da tarde, mas enfim! Vai-se a ver:
"Eu não tenho um problema com a cafeína, eu tenho um problema sem cafeína." |
Agora, resta apenas uma questão e ficaria eternamente grata a quem me explicasse:
Porque é que eu bebo o café e os miúdos é que ficam com a energia toda? Todo. O. Santo. Dia???
7 de abril de 2014
Contra factos não há argumentos
Conversa à mesa do jantar:
Mãe - Pronto, Xavier. Se já acabaste a fruta podes sair da mesa.
Xavier - Mas... e o chocolate?
Pai - E onde está escrito que temos de comer chocolate hoje?
Xavier - Na minha barriga....
Mãe - Pronto, Xavier. Se já acabaste a fruta podes sair da mesa.
Xavier - Mas... e o chocolate?
Pai - E onde está escrito que temos de comer chocolate hoje?
Xavier - Na minha barriga....
27 de março de 2014
Para que serve o sutiã?
Ontem estava eu muito bem no meu quarto a vestir o pijama quando entram os miúdos. O Xavier vê-me a tirar o sutiã e pergunta:
- Que é isso? É para guardar o leite?
(momento de tentar controlar o riso, mas com pouco sucesso)
-Não deixa de fazer algum sentido, mas não, amor. É para segurar as maminhas.
-Ah, tá bem.
Adoro o raciocínio das crianças.
- Que é isso? É para guardar o leite?
(momento de tentar controlar o riso, mas com pouco sucesso)
-Não deixa de fazer algum sentido, mas não, amor. É para segurar as maminhas.
-Ah, tá bem.
Adoro o raciocínio das crianças.
25 de fevereiro de 2014
Um niquinho de gente
A Júlia fez 2 anos há pouco mais de um mês.
Quando o Xavier tinha esta idade, eu já não o via como um bebé. Estava já grávida da irmã e tentava incutir-lhe o máximo de independência para que a transição não fosse tão difícil, mas a verdade é que ele sempre foi... como dizê-lo... bem, independente é mesmo a palavra mais aproximada que encontro.
Hoje olho para Júlia e vejo-a ainda como uma bebé. Talvez porque é a mais nova.
Talvez por ter ainda pouco cabelo. Talvez pela carinha de bebé. Talvez porque ainda mama.
Sim, ela ainda mama. E não parece ter vontade de deixar tão cedo.
Mas a Júlia é cada dia menos um bebé. Um niquinho de gente e já sabe muito bem o que quer.
Está a aprender rapidamente a falar e usa essa nova habilidade sempre que precisa ou lhe apetece.
Reclama o seu lugar em casa e na família com um peremptório "a Júia!" quando se pergunta quem quer alguma coisa (banho, jantar, ou qualquer outra coisa que ela queira - e ela quer sempre tudo).
Costumo dar a escolher aos miúdos o que querem comer ao pequeno-almoço. O Xavier pede quase invariavelmente papa. Mas a Júlia não. Todos os dias é diferente: "ciais" com "eite" (cereais - cornflakes - com leite), "itas" com "eite" (estrelitas com leite), papa (sim, também há dias que quer papa) e há dias que até pão com manteiga pede (mas normalmente é quando me vê a comê-lo). Ontem, antes de deitar, disse-lhes que estava na hora de comer qualquer coisa e saiu-me com um "gute!!". A sério? Não queres uma bolacha como o mano? "Gute!" Pronto... E lá lhe dei iogurte caseiro, natural, sem açúcar. E comeu-o todo, muito satisfeita.
Esta piolha, que se vê um caramelo ou outra guloseima devora tudo com entusiasmo, também pede lanches sem açúcar e come-os com a mesma vontade com que ataca os mais doces. Muito direitinha à mesa, pedindo o "bâbete".
Só apetece estrafegá-la com beijos!
No caminho da creche vai sempre a tagarelar. Pede canções, aponta os passarinhos e conta os carros (sim, os meus putos gostam de números...). Quer apanhar as folhas, escolhe a risca vermelha do passeio para andar.
Adora o "wiwi", o irmão, imita-o, segue-o, mas já não lhe atura os autoritarismos! E se se chateia, o Xavier bem corre o risco de levar um murro na cabeça!
É aventureira, corre para as coisas, testa os seus limites, atira-se sem medo! E por incrível que pareça, cai menos do que seria de esperar, apesar de correr como se estivesse em permanente desequilíbrio, prestes as espalhar-se ao comprido.
Uma caganita alegre, espertalhona, toda despachada, como dizem na creche, que caminha a passos largos para deixar de ser bebé, mas ainda pede maminha para dormir ou quando vem para casa. Que dá uns beijinhos e uns abraços apertados mas também cruza os braços e amua como uma miúda crescida.
Ó meu niquinho de gente, porque cresces assim tão depressa? Fica bebé só mais um bocadinho....
Quando o Xavier tinha esta idade, eu já não o via como um bebé. Estava já grávida da irmã e tentava incutir-lhe o máximo de independência para que a transição não fosse tão difícil, mas a verdade é que ele sempre foi... como dizê-lo... bem, independente é mesmo a palavra mais aproximada que encontro.
Hoje olho para Júlia e vejo-a ainda como uma bebé. Talvez porque é a mais nova.
Talvez por ter ainda pouco cabelo. Talvez pela carinha de bebé. Talvez porque ainda mama.
Sim, ela ainda mama. E não parece ter vontade de deixar tão cedo.
Mas a Júlia é cada dia menos um bebé. Um niquinho de gente e já sabe muito bem o que quer.
Está a aprender rapidamente a falar e usa essa nova habilidade sempre que precisa ou lhe apetece.
Reclama o seu lugar em casa e na família com um peremptório "a Júia!" quando se pergunta quem quer alguma coisa (banho, jantar, ou qualquer outra coisa que ela queira - e ela quer sempre tudo).
Costumo dar a escolher aos miúdos o que querem comer ao pequeno-almoço. O Xavier pede quase invariavelmente papa. Mas a Júlia não. Todos os dias é diferente: "ciais" com "eite" (cereais - cornflakes - com leite), "itas" com "eite" (estrelitas com leite), papa (sim, também há dias que quer papa) e há dias que até pão com manteiga pede (mas normalmente é quando me vê a comê-lo). Ontem, antes de deitar, disse-lhes que estava na hora de comer qualquer coisa e saiu-me com um "gute!!". A sério? Não queres uma bolacha como o mano? "Gute!" Pronto... E lá lhe dei iogurte caseiro, natural, sem açúcar. E comeu-o todo, muito satisfeita.
Esta piolha, que se vê um caramelo ou outra guloseima devora tudo com entusiasmo, também pede lanches sem açúcar e come-os com a mesma vontade com que ataca os mais doces. Muito direitinha à mesa, pedindo o "bâbete".
Só apetece estrafegá-la com beijos!
No caminho da creche vai sempre a tagarelar. Pede canções, aponta os passarinhos e conta os carros (sim, os meus putos gostam de números...). Quer apanhar as folhas, escolhe a risca vermelha do passeio para andar.
Adora o "wiwi", o irmão, imita-o, segue-o, mas já não lhe atura os autoritarismos! E se se chateia, o Xavier bem corre o risco de levar um murro na cabeça!
É aventureira, corre para as coisas, testa os seus limites, atira-se sem medo! E por incrível que pareça, cai menos do que seria de esperar, apesar de correr como se estivesse em permanente desequilíbrio, prestes as espalhar-se ao comprido.
Uma caganita alegre, espertalhona, toda despachada, como dizem na creche, que caminha a passos largos para deixar de ser bebé, mas ainda pede maminha para dormir ou quando vem para casa. Que dá uns beijinhos e uns abraços apertados mas também cruza os braços e amua como uma miúda crescida.
Ó meu niquinho de gente, porque cresces assim tão depressa? Fica bebé só mais um bocadinho....
29 de janeiro de 2014
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